Um por todos, todos por um!

Por Bastidores 27/03/2017 - 11:48 hs

Certo dia, agoniado precisava comprar um certo produto, e tinha pouco menos de vinte minutos para efetuar uma compra mais do que necessária e adentrei a loja feito um furacão (hehe).

Para minha sorte não havia nenhum outro cliente e as três vendedoras, assim como o caixa, estavam disponíveis. Ainda assim, as chances de conseguir o produto em tão escasso tempo eram negativas.

Logo uma das vendedoras, uma moça simpática prontificou-se a me ajudar e veloz, seguiu em direção ao estoque. Foi então que lamentei em voz alta que também precisava adquirir um outro produto, mas não haveria tempo para tanto. Outra das vendedoras, voluntária, apresentou algumas opções, enquanto a primeira não retornava.

Confesso que fiquei admirado com a atitude solidária da jovem, em segundos escolhi o que levar e ao demonstrar preocupação com a natural demora do embrulho elaborado, a outra funcionária, de imediato, recolheu a mercadoria, dedicando-se a empacotá-la com capricho.

Àquela altura, minha correria começava a ser ofuscada pelo espírito colaborativo que permeava a equipe e me permitiu alguns segundos de reflexão sobre o que ali ocorria, pois na pressa, muitas vezes deixamos escapar pequenos gestos que se traduzem em enormes atitudes.

Gestos de auxílio, solidariedade e colaboração que promovem atitudes como a união, a bondade com o próximo, a disponibilidade em fazer pelo outro, mesmo sem a garantia da retribuição imediata, aquele sentimento de identificação com a necessidade do semelhante.

O que deveria ser tão natural, tem se tornado excepcional e é cada vez mais raro nos depararmos com situações gentis e espontâneas como a dessas vendedoras.

Expus meus agradecimentos pois elas não pouparam esforços em garantir minha satisfação e, sobretudo, minha admiração por terem se organizado para ajudar a colega que, diga-se de passagem, seria a única que receberia comissão sobre a venda realizada.

Sorridentes e para minha surpresa, elas não se fizeram de rogadas e com uma naturalidade comovente, unânimes, afirmaram: “hoje nós a ajudamos, amanhã será ela a nos ajudar”.

Entrei naquela ali tão apressado, afobado e um pouco descrente e saí de lá, leve, calmo e com a confiança restabelecida na crença de que talvez nem tudo esteja perdido e de que talvez a raça humana ainda tenha salvação.

Afinal, isso só depende de nós, nossos atos e nossas atitudes!

Que gestos como esses sejam frequentes e que mesmo que muitas vezes pareça uma atitude pequena, tenha certeza vai refletir muito e ajudar a outras pessoas!

 Espero que tenham gostado,

Até o próximo.... Beijo!